quarta-feira, 30 de maio de 2012

A Escuridão na Ficção Científica

Ontem assisti ao episódio: Vire à esquerda, da série britânica Doctor Who, exibida pela TV Cultura. Aa histórias giram em torno de viajantes do tempo, e os roteiristas trabalham com arcos de história bem engendrados e apresentaram um evento chamado Escuridão, muito parecido com o descrito em uma serie de textos curtos de minha autoria, usados para divulgar ESCURIDÃO ABSOLUTA em 1998. Penso ser apenas semelhantes, mas o tema em si recai na mesma situação. O tempo neste caso se curva ao infinito, fazendo todos os Universos se juntar em um único ponto e apaga literalmente as estrelas.
À primeira vista assemelha-se a ESCURIDÃO ABSOLUTA, porém, esta trabalha um evento mais plausível, afinal, estrelas não desaparecem como mágica.
Hoje vou assistir ao episódio em que a tal Escuridão chega à Terra, e depois virei comentar.

domingo, 27 de maio de 2012

O Episódio Final

Ele está pronto, só estou atento aos detalhes, como fiz no segundo volume, assim o texto vai agradar muito mais os leitores. Logo estarei encaminhando o pedido de registro da obra, e não é que ficou do jeito que eu queria. A ação continua a correr igual a um videogame, novos vilões, explosões e uma carga de adrenalina numa batalha épica virtualmente acima dos padrões ficionais brasileiros.
Não percam!

terça-feira, 1 de maio de 2012

Entrevista - A Origem de tudo

Entrevista concedida em 01/05/2012
ESCURIDÃO ABSOLUTA – A Origem de tudo
BLOG ORBITADOR: Mais uma vez abrimos este espaço para falarmos de Escuridão Absoluta, a mais fantástica aventura de ficção científica escrita no Brasil. Roberto, eu quero antes de tudo parabeniza-lo por este segundo volume. Você reuniu nele toda a magia e sensação de estarmos lendo um fato histórico narrado a partir de artefatos arqueológicos, ficou demais. Acredito que ninguém esperava encontrar um texto tão denso, divertido e, sobretudo, com muita ação.
ROBERTO: Obrigado! É realmente gratificante ver o livro surpreender as pessoas e gente me mandando e-mail elogiando. Eu me sinto com o dever cumprido, pois desde o inicio quis dar as pessoas uma aventura em que parassem para ler e pensassem nela como se tivesse ocorrido de verdade. A inspiração para dar a historia proporções bíblicas veio da necessidade em compatibilizar minha fantasia com a mitologia dos índios Kayapós. Foi uma decisão importante e permitiu dar forma e cor aos personagens.
BLOG ORBITADOR: Além da lenda Kayapó você aprofundou a fala de alguns personagens nos assuntos envolvendo a moderna astrofísica, e nega até a idade do Universo.
ROBERTO: Sei disso e tive um bom motivo. Há muitos anos eu participei de um evento no planetário do Ibirapuera e durante a aula o palestrante afirmou não haver mais nada no sistema solar, além daquilo que já haviam detectado. Fui o único na plateia a discordar e achei interessante colocar este meu ponto de vista na fala de um dos personagens.
BLOG ORBITADOR: Então admite ser um estudioso de  astrofísica.
ROBERTO: Sem duvida. Sou leitor de artigos científicos desde 1975 e, em teoria, discordo de alguns conceitos, como: a possibilidade de viajar no tempo e a existência de outras dimensões. Eu assisti recentemente um episódio do Doctor Who no qual ele explica como o vazio entre diversos universos poderia destruir nossa realidade, e achei a coisa mais maluca. Prefiro aceitar ser improvável existir outro Universo e aumentar o nosso, jogando mais elementos na tabela periódica como nunca imaginamos. Mais até do que os 144 elementos procurados pelos esotéricos e maçons. Aproveito para dar os parabéns à TV Cultura por ceder seu espaço para apresentar uma obra de ficção científica.
BLOG ORBITADOR: Mas você acredita em Deus?
ROBERTO: Lógico que acredito. E todo mundo acredita ao seu modo. Apesar das diferentes crenças encontradas pelo mundo afora tenho certeza absoluta de que Deus é um só, quanto aos demais, talvez fossem alienígenas. (risos) Bem, continuando, quando tinha quinze anos li: Eram os deuses astronautas no antigo oriente, e fiquei intrigado. Mas depois de pesquisar muito, tenho de admitir haver sinais da presença alienígena em certas tabuas de pictogramas sem com isso colocar o intelecto humano de lado e dar versões pitorescas sobre o nascimento da razão e do conhecimento. De alguma forma tudo estava em nosso DNA, só precisamos descobrir como se ativa e por que demorou tanto para nossos ancestrais o usá-lo.
BLOG ORBITADOR: Em seu teaser desta publicação faz menção à frase: Tenha fé! Isto fez muita gente pensar que Escuridão Absoluta tem cunho religioso.  Explica um pouco essa sua escolha de misturar ficção com religião.
ROBERTO: Bom. Na verdade a frase tem seu contexto na historia e é fundamental para dar consistência ao procedimento na origem do Matador de Estrelas. E eu vejo o trato da religião na ficção científica da seguinte forma. Cada autor trata o mundo criado por ele como deve ser, sem, no entanto, diferenciá-lo do nosso. Por isso trabalhei os contrastes sociais, políticos e de fundo religioso baseado naquilo que o ser humano é capaz de produzir em sociedade, tirando um pouco disto e pondo um pouco daquilo. Na verdade, a civilização de que trata a aventura não tem raiz em crenças religiosas  e nem mesmo aceitam a existência de Deus. Mas é um ponto de vista construído a partir da maneira como eles evoluíram e criaram seus costumes. Se no mundo  atual nós respeitássemos isso conflitos como os do oriente médio nunca teriam acontecido.
 BLOG ORBITADOR: No contexto você acaba mudando tudo o que se conhece sobre a criação do universo, isso não o faz se preocupar com a reação de grupos teológicos e doutrinadores raciais?
ROBERTO: Não. Afinal de contas ninguém conhece com exatidão a origem do universo e nem se sabe dizer por que tantas culturas na Terra a contam de maneira diferente. Eu só dou um toque pessoal na história da Criação aproveitando a hipótese de a lenda Kayapó ser a mais exata e verdadeira.
BLOG ORBITADOR: Pode contar sobre o capitulo final?
ROBERTO: Só posso adiantar que a historia não termina do modo como começou.
BLOG ORBITADOR: Ai, esse suspense seu é de arrancar o Carl (Sagan) do caixão.
ROBERTO: E tem mais uma coisa que quero dizer aos futuros leitores.
BLOG ORBITADOR: Pode falar.
ROBERTO: Eu sei que o Volume I tem lá seus defeitos e agora eu os estou saneando. É duro trabalhar sozinho e aprendi a duras penas que escrever um romance de ficção científica dá um trabalhão danado. Mas eu gosto do resultado, obtido com muito empenho e dedicação. Eu também esperava conseguir patrocínio e gente se oferecendo para ajudar com o lançamento do Volume II, mas o efeito foi contrário. Depois de sentirem o poder da história os orçamentos tem sido maiores do que antes. Mas não ligo não. Vou me virando sozinho e até Junho terei corrigido o máximo que puder para leitor nenhum ficar indignado com o preço de capa.
BLOG ORBITADOR: Olhem, mesmo assim vale a pena. A história que ele bolou é inacreditável, inteligente e também é boa diversão.
ROBERTO: Obrigado pelo apoio.
BLOG ORBITADOR: De nada. Vamos encerrando mais uma entrevista com este incrível escritor de ficção científica. Obrigado!!!!!